Na última semana, Alexandre de Moraes ministrou uma palestra na Itália, cuja organização e financiamento foram assumidos por uma faculdade sediada em Goiás. No entanto, essa instituição foi condenada por disseminar informações falsas, visando obter lucros, sobre o uso seguro da ivermectina durante a pandemia de Covid-19. A denúncia veio à tona através do Jornal da Band, em sua edição desta terça-feira (18).
O evento em questão, denominado Fórum Internacional de Direito, foi realizado na Universidade de Siena e teve como patrocinadoras a Alfa Escola de Direito e a Unialfa, ambas empresas com sede em Goiás e integrantes do Grupo José Alves. Curiosamente, este grupo é proprietário da Vitamedic, uma empresa farmacêutica brasileira responsável pela fabricação da ivermectina.
Em fevereiro de 2021, o Grupo José Alves e a Unialfa financiaram um informe publicitário amplamente divulgado em diferentes meios de comunicação, cujo objetivo era defender o uso de substâncias como a ivermectina e a cloroquina no chamado “tratamento precoce” contra o coronavírus.
Essas empresas foram condenadas, juntamente com a entidade Médicos pela Vida, e foram obrigadas a pagar uma multa de R$ 55 milhões por danos morais coletivos à saúde. A decisão foi proferida em maio deste ano pela Justiça Federal no Rio Grande do Sul.
