O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, reagiu à decisão monocrática de seu colega Ricardo Lewandowski e pediu que a ação que contesta a Lei das Estatais fosse devolvida para ser julgada pelo plenário da Corte. A Lei das Estatais impede a indicação de políticos para cargos em empresas estatais e conselhos, além de limitar sua atuação no governo federal, estadual e municipal.
Lewandowski, atendendo a um pedido do PCdoB, suspendeu a vigência da Lei das Estatais com uma decisão monocrática. Ele concedeu a liminar em resposta a uma articulação liderada por Mendonça. Antes da decisão de Lewandowski, o caso havia sido levado ao plenário virtual do STF, onde os ministros votam remotamente. No entanto, Mendonça pediu vistas, alegando que precisava de mais tempo para analisar o processo.
O pedido de vistas de Mendonça foi visto por membros do STF e do Palácio do Planalto como uma maneira de adiar a decisão sobre a Lei das Estatais, que ainda é objeto de muita controvérsia. O PT e os partidos aliados estão trabalhando para derrubar a lei e facilitar a indicação de seus aliados para cargos estratégicos no governo.
O retorno da ação para ser julgada pelo plenário da Corte é uma vitória para Mendonça e para aqueles que defendem a Lei das Estatais, que tem sido alvo de controvérsia. No entanto, a decisão do STF ainda é incerta e há muita pressão para que a lei seja revogada, principalmente por políticos que querem indicar seus aliados para cargos em empresas estatais.